sexta-feira, janeiro 03, 2014
Ano novo, novos sorrisos
Ainda ontem estive a ver um documentário sobre o natal na Inglaterra no tempo dos Tudors e de tudo, fascinou-me ver como naquele tempo, portanto, na idade média, o natal era já uma festa que seguia as tradições pagãs de festejar o solstício de inverno no hemesfério norte, o dia 22 de Dezembro.
Estas festas tinham por objetivo animar um pouco as pessoas, já que esta também é a época do ano com menos luz do sol, dias curtos, noites longas, frio, chuva, mau tempo enfim...
Havia, deste então também, festas e brincadeiras que marcavam o fim do ano e o início de um novo ciclo.
Ora bem, o ciclo 2014 já começou. Vamos lá ver como segue para todos nós. Fazemos os esforços, mas, honestamente, ninguém sabe o que vai acontecer.
E isso é bom! É tempo de fazer melhor e de fazer mais. Todavia, nem sempre se sabe como fazê-lo. Talvez o mais fácil seja apenas esperar pelas coisas, ver como vão acontecer. Afinal de contas, o destino estaria já traçado...
Eu não penso nada assim. Acredito que nós estamos no comando das nossas vidas e podemos e devemos dar-lhes o rumo que acreditamos ser o certo. Orientar a vida é uma coisa (e já é muito, por vezes), mas a orientação certa a dar, bem, daí já é diferente.
Há quem se baseie apenas nas suas necessidades e desejos, bricam com a religião (na qual não acreditam de verdade), são educados com os outros, mas no fundo não se importam muito com os outros. Esses são os que costumam fazer o mal e o fazem porque esta filosofia gera infelicidade e gente infeliz faz os outros infelizes.
Penso que uma boa orientação para 2014 é ver que a felicidade está, na verdade, no bem que fazemos aos outros. Não me refiro apenas à caridade, penso sobretudo a transferir esta intenção sincera na execução do trabalho: saber envolver as pessoas com quem trabalhamos com confiança no que fazem, interesse pelo que são, cooperação bem intencionada com o que precisam. Antes ainda, pode ser bem aplicado na família, com aplicação da paciência para perceber e apoiar uns aos outros, sem brutalidade e ou frontalidade desnecessária. No entanto, se ainda houver aí boa disposição para dar o passo à frente, a caridade é uma linda opção.
Os ingleses dizem que a caridade começa em casa, mas eu acho que a caridade começa mesmo com nós próprios. Ora bem, isso pode parecer estranho de dizer, já que lá acima eu não quis ir pela via do egoísta, mas na verdade, a caridade é um sentimento sempre voltado para fora. Ao termos caridade conosco próprios, estamos na verdade a tentar perceber o que há em nós que pode ser dado aos outros.
Eu gosto de partilhar as coisas belas que vou descobrindo pela vida. A poesia é maravilhosa, e gosto de dividi-la com os amigos e com a família, mas também é preciosa a habilidade de saber tratar as pessoas, de valorizá-las, estimulá-las. Podemos mudar a vida das pessoas ao mostrar-lhes do que são capazes, o que podem fazer se tomarem a decisão de se desenvolver e se tornar melhores.
Eu espero que em 2014 possa aprender a ser um homem melhor do que sou hoje. Ao cabo destes novos 12 meses à nossa frente, que possamos todos ter a coragem necessária de aprender e corrigir o que for preciso. Partilhar esta viagem convosco, amigos e familiares, faz deste novo ano o melhor de todos. Vamos juntos fazê-lo valer.
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