quinta-feira, outubro 16, 2008

Galiza do meu coração

Estive na Galiza por alguns dias na semana passada e tive o prazer de conhecer Vigo e Santiago de Compostela. Que belo o país é aquele que, ao norte de Valença, parece entretanto ainda ser Portugal na língua, no trato e na beleza da gente.
Em Vigo cheguei já curioso de conhecer a baia e reimaginar as batalhas com os corsários que volta e meia tentavam saquear a cidade! Um cheirinho de mar para todo lado, o porto, a Praça da Pedra, a Rua do Príncipe, os Jardins de Portugal e o Parque Castro com sua vista estonteante para a baia... momentos docinhos e bons.
Levou-me o acaso até Santiago de Compostela, eu que era para ter ficado mais ao sul mas que sem querer quando dei por mim estava lá.
Na praça do Obradoiro conversei com os peregrinos que percorreram o Caminho de Santiago, a antiga rota de peregrinação da Idade Média cujo destino era aquela mágica cidade e sua catedral.
Gente com o coração pleno de esperança e fé, a contar suas estórias fantásticas, das curas que receberam, das dívidas que conseguiram pagar, dos amores que encontraram... E estavam todas lá para agradecer! Nada mais bonito que ser grato pelo bem que nos fazem... e assim, fiquei amigo dos peregrinos instantaneamente! Eu que tinha peregrinado da estação de comboio até a praça, não tendo feito assim grande esforço, mas que participei daquela beleza por também ter comigo esse sentimento de gratidão. Que Deus ilumine aquela boa gente.
Os galegos em si também, como dizer isso senão directamente, são pessoas doces e divertidas! Como foi boa a estada na residência universitária e os concertos no fim de semana, toda aquela boa gente, tão bem disposta a esvaziar seus copos da Estrella Galicia!
De volta a Coimbra, as lembranças da Galiza não me deixam um minuto sequer...
Maravilhoso acaso, desses que fazem a vida bela, deu-me a chance de conhecer a fabulosa Catedral, praças, ruas, largos, parques e jardins de Santiago... Em Vigo o doce encontro com o mar do norte e a vista da baía e do porto... uma terra feita de sonho, onde tudo guarda uma ordem perfeita e tudo tem bom aspecto, de uma doçura e brilho que engrandesse a Galiza e que fez-me imensa impressão e deixou no coração a vontade de um dia lá voltar.